Praça da Figueira

"Há um período de festas populares em que o alfacinha não sai de Lisboa, e em que cai em Lisboa um poder do mundo dos saloios. É no mês de Junho, quando se festeja Santo António, São João e São Pedro. São verdadeiras romagens das aldeias e casais da cercania ao coração da cidade, prazo-dado, sem ajuste nem convite, de todos os guitarreiros e cantadores do termo. As noites da Praça da Figueira e suas imediações têm nessa ocasião um cunho lisboeta e provinciano que se não confunde, na contagiosa alegria dos descantes, das guitarras, dos balões de cores, das gaitas e assobios de barro, dos pregões de frutas, manjericos e cravos, todo aquele ir e vir de grupos que a folia impele, sem nexo e sem sentido, formigueiro humano, onda de povoléu".
Alfredo Mesquita.

Esta era uma descrição da Praça da Figueira no séc. XIX. Por esta altura, esta praça era o centro das festividades dos santos populares e, de dia, funcionava como mercado da cidade. Hoje, a realidade da Praça da Figueira é bem diferente: o mercado aberto deu lugar a lojas, hotéis e cafés e no meio encontra-se uma estátua do Rei João I. Debaixo do pedestal onde se encontra a estátua costumam aninhar-se centenas de pombos.
A Praça da Figueira é também um ponto de passagem bastante movimentado, situado entre o Rossio e o Martim Moniz, e conta com todo o tipo de transportes, desde o Metro, aos autocarros e eléctricos que o levam a quase todos os pontos da cidade.
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