Restaurantes "Clássicos" de Lisboa

Se há quem chega a Lisboa e nunca ouviu falar no Gambrinus ou no Faz Figura, ouviu muito pouco sobre Lisboa. Chamamos àqueles restaurantes que permanecem nas listas de restaurantes de grande qualidade há mais de dez anos, os clássicos de Lisboa. Mas mais que uma longa duração, destacam-se pelo serviço especial e tradicional que já se tornou familiar. Mantêm a comida fiel aos sabores típicos Portugueses e uma decoração que os faz destacar de muitos outros.

Estes são os restaurantes que se tornaram no marco da cidade de Lisboa. São uma paragem obrigatória para quem visita Lisboa por pouco, ou muito tempo, e quer sair com um verdadeiro sabor da cidade.

Todas as cidades têm um restaurante que marcou uma época, um estilo de cozinha, uma nova decoração. Mas mais que isso, é um restaurante que manteve uma clientela fiel, pelas características do serviço, pela simpatia, pela qualidade dos pratos e pela localização. Isto é o caso do “The Ivy” ou o “Rules” em Londres, do “21 Club” ou o “Four Seasons” em Nova Iorque, ou do “Chez Dumonet-Josephine” em Paris. Em Lisboa, os cafés são famosos pelos personagens que se reuniam em tertúlias, como é o caso do Café Nicola ou do Café A Brasileira. Mas a também são alguns os restaurantes que ficaram na história de Lisboa e ainda hoje sustentam a sua posição como grandes experiências gastronómicas. Experimente Lisboa. Experimente os “Clássicos”.

Não os nomeamos por importância, mas sim por ordem alfabética:


Adega Tia Matilde:

Este restaurante abriu as portas como uma tasca nos anos 20, e desde essa altura que vai melhorando os seus pratos para agradar aos paladares cada vez mais exigentes. E não é que agradam mesmo! Desde os bacalhaus e caldeirada de peixes, ao arroz de frango, a Adega Tia Matilde garante os melhores sabores tradicionais há várias décadas.

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Alcântara Café:

Transformar um espaço de uma tipografia antiga e abandonada para um restaurante não deve ser tarefa fácil. Transformar este restaurante num dos melhores da capital, com um conceito de cozinha arriscado para a altura em que abriu portas, mais complicado ainda. Fazer com que a qualidade deste mesmo restaurante dure quase vinte anos explica o porquê de o Alcântara Café ser um dos marcos da cidade. Converteram um espaço com grandes janelas de vidro e uma superfície imensa num lugar acolhedor e moderno. Passadas quase duas décadas, o Alcântara Café estabeleceu-se como um restaurante clássico de Lisboa, onde se juntam amigos, famílias, e visitas de todo mundo para jantar. Para além de um ambiente confortável, o Alcântara Café oferece uma cozinha cuidada destacando-se o Bife à Alcântara Café e o Escalope de Salmão com gravilha de tomate.

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Bica do Sapato

A Bica do Sapato já se converteu num “Clássico” da cidade. Desde o momento em que abriu que é dos sítios mais “in” da cidade. Com um grupo de sócios que inclui John Malkovich, Catherine Deneuve e a dupla responsável pelo Pap’Açorda, Fernando Fernandes e José Miranda, a Bica do Sapato tem um sucesso garantido. Situado num dos armazéns perto da estação de Santa Apolónia e em cima do rio Tejo, a “Bica”, como às vezes se chama, tem um espaço amplio com uma vista ainda mais impressionante. O restaurante divide-se em três espaços, a cafetaria, o restaurante ambos com comida mediterrânica, e o andar de cima onde se serve comida Japonesa. O design é moderno e a cozinha cria pratos tradicionais de forma experimental. A sopa de peixe é deliciosa, como também é o cherne braseado em cama de espinafres suados. Para comer o sushi delicioso do sushiman Ricardo Efigénio, é preciso esperar pela hora de jantar. 

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Faz Figura:

Para se poder desfrutar das vistas da cidade de Lisboa é preciso subir uma encosta inóspita para chegar a um dos miradouros. Mas, chegando ao cume da colina, a subida muda logo de figura. Melhor ainda se no cimo de uma dessas ruas estiver um dos mais prestigiados restaurantes da capital. Melhor ainda, se puder levar carro e não se tiver que preocupar com o estacionamento, às vezes problema na cidade, e tiver um “vallet parking” à sua espera. Assim recebe o Faz Figura a todos os seus visitantes. E que boa Figura que ele faz. Fez uma lavagem à decoração, sendo agora um sítio moderno com um varanda coberta com janelas enormes. Daqui pode-se apreciar as vistas do Tejo e do Cristo Rei na costa sul do rio, protegido dos ventos ribeirinhos que às vezes arrefecem os ânimos. As especialidades da casa variam entre carne e peixe, começando pela canja de perdiz aromatizada com hortelã, passando pelo polvo em crosta de milho que vem acompanhado com vegetais salteados e vinagrete de cebola roxa. Venha ver a figura que faz no Faz Figura, uma boa figura com certeza!

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Gambrinus

Qualquer prato de peixe e marisco são obrigatórios no Gambrinus. Fundado a 14 de Julho de 1936, em 1969 mudou de aspecto e surgiu o Gambrinus que existe hoje em dia. Uma boa desculpa para sair de casa, ou para simplesmente petiscar á tarde, é o balcão onde se pode comer dos melhores croquetes da cidade. Acabe o almoço ou jantar com um crepe suzette, delicioso crepe feito com tangerina e laranja amarga. Uma antiga tasca convertida num dos marcos da cidade, infelizmente os preços acompanham a fama, mas vale sempre a pena a visita!

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Mercado de Santa Clara

Situado no meio do mercado de Santa Clara, perto do Convento, este é um dos restaurantes mais antigos de Lisboa. Após três anos de encerramento, o Mercado de Santa Clara abriu as portas com uma grande mudança na decoração, mas fiel à qualidade da sua história e tradição gastronómica. Carlos Braz Lopes, agora também conhecido pelo seu último golpe na cozinha portuguesa, a criação de “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”, voltou à sua casa, dentro de um dos mercados mais bonitos da capital, localizado no largo da Feira da Ladra. Mas só abrem para o almoço. Jantares, só para grupos com mais de 15 pessoas. À parte de um delicioso buffet, também se pode escolher um outro prato do dia. E um dos mais emblemáticos são os de bife. Carlos Braz Lopes fez renascer o prato pelo qual Lisboa se destacava, o bife à Marrare, à Faustino, à Jansen, e à Mercado de Santa Clara. Outro reflorescimento é o cozido à portuguesa aos domingos, o mesmo sistema que existia antes do seu encerramento.

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Pap’Açorda

Situado no Bairro Alto, quem visita Lisboa em Turismo certamente passará por ele. E não só por isso é um Clássico de Lisboa. A comida, o serviço e a sua longevidade são mais que razões para se estabelecer como um “Clássico”. A qualidade dos pratos como a fritura mista, os filetes de sardinha panados, as lulas, os jaquinzinhos, a açorda real com gambas e lagosta, as costeletas de borrego panadas, os carapauzinhos marinados, os peixinhos-da-horta, o carpaccio de atum... é interminável a lista e só de ler fica-se com água na boca.

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Tágide:

A Tágide está aberta há trinta anos, mas o edifício data desde a reconstrução após o terramoto de 1755. Aberto em 1975 ganhou logo uma estrela Michelin. Com o passar dos anos, a Tágide fez uma remodelação para melhorar e modernizar as instalações, mantendo a qualidade da cozinha e do serviço que já a faziam um sítio de referência em Lisboa. As vistas deste restaurante, situado no coração do Chiado, são impressionantes, e se não é um almoço que lhe apetece, tome um chá e scones há hora do lanche. Aqui pode desfrutar de um almoço de degustação, provando a ementa sazonal ou do dia. E os pratos vão variando, desde o  Confit de perna de pato com boletos e risoto à Tágide ao prato vegetariano, risotto de abóbora com trufas (em crocante de parmesão). Jantares, só mesmo ao fim de semana!

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Tavares:

Criado em 1784, o restaurante Tavares tem muitas histórias para contar. É, há vários séculos, um dos marcos mais importantes da cidade. Eisenhower, Calouste Gulbenkian, Francisco Sá Carneiro e Amália Rodrigues foram algumas das pessoas mais conceituadas no mundo da política, artes, ou da História de Portugal que visitaram este restaurante. A cozinha aposta agora na qualidade dos ingredientes e da apresentação, com a assinatura de Aimé Barroyer, o que torna muito improvável que saia insatisfeito do Tavares. A decoração cria um ambiente sofisticado e simpático mantendo o glamour e o aspecto clássico de outros tempos, no século XXI.

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